i.Talks Técnico – NOS: uma conversa sobre os atuais desafios das telecomunicações

No dia 6 de maio, o Técnico da Alameda recebeu a i.Talks Técnico-NOS, que promoveu a partilha de trabalhos desenvolvidos pela indústria, por docentes e por investigadores do setor das Telecomunicações. A sessão foi dividida em 4 partes, de forma a abordar a Internet of Things (IoT), os modelos de dados e a inteligência artificial generativa, as redes 5G não-terrestres e IoT (3GPP) e os UAVs (drones) em corredores aéreos. A conversa foi moderada pela professora Fátima Montemor e contou com a participação de António Grilo, professor do Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, e de Mónica Gomes e Ricardo Jorge Dinis, membros da NOS.

i.Talks Técnico-NOS

A sessão teve início com a intervenção de Ricardo Jorge Dinis, que que falou sobre os modelos de dados utilizados pela NOS, bem como o recurso a inteligência artificial para a deteção de anomalias na rede, que visa a otimização de recursos de energia. Por outro lado, referiu também que a empresa realiza a análise e segmentação de perfis, estudando a performance da rede e o seu impacto para os clientes.

Ricardo Jorge Dinis apresentou também a temática dos UAVs (Unmanned Aerial Vehicle - veículos aéreos não tripulados) em corredores aéreos, explicando que, atualmente, os corredores possuem um acesso restrito, ou seja, são reservados a drones com determinadas características, dependendo de fatores como peso e o tamanho. Estes drones podem ser utilizados de forma a contribuir para a cobertura da rede móvel, tratando-se também de uma extensão do 5G.

Professora Fátima Montemor, à esquerda, e professor António Grilo, à direita

Neste âmbito, António Grilo realizou uma breve apresentação sobre o seu trabalho na área das tecnologias não-terrestres. Estas tecnologias contribuem para uma maior conectividade, aumentando a velocidade, a eficiência e a cobertura da rede, onde e quando necessário, incluindo em situações em que existam problemas na rede terrestre. Podem ainda ter funções complementares, como a vigilância, a monitorização de tráfego e tarefas logísticas.

Sublinhou que podem ser utilizadas para o controlo de situações como incêndios florestais. Por outro lado, referiu alguns dos benefícios que a rede descentralizada oferece para a aviónica, como o fornecimento de dados GPS, o conhecimento da posição dos outros UAV, o cálculo da distância aos UAV vizinhos e a determinação da posição ideal, contrastando com a rede centralizada, onde existe comunicação via satélite e os dados fornecidos convergem para uma estação de controlo.

Por último, António Grilo referiu algumas teses de mestrado, realizadas nesta área por estudantes do Técnico, incluindo a caracterização 3D de cobertura de rede 5G, o path planning do UAV tendo em conta a cobertura 5G e a navegação em ambientes sem GPS utilizando mapas/fingerprints de sinal 5G - trabalhos no qual foi orientador.

Professora Fátima Montemor, à esquerda, e professor António Grilo, à direita

Posteriormente, Mónica Gomes abordou a Internet of Things, destacando que este sistema é utilizado pela NOS para o desenvolvimento de soluções personalizadas e de projetos inovadores, algo que acompanha a evolução das smart cities e da indústria 4.0, e o recurso à utilização de redes não-terrestres.

Ao longo da sessão, os docentes e investigadores presentes colocaram as suas questões aos oradores, relativamente aos tópicos apresentados, partilhando diferentes pontos de vista sobre a investigação.

A manhã terminou com o debate sobre possíveis colaborações, onde a empresa se mostrou disponível para dar o apoio necessário no desenvolvimento de dissertações de mestrado na área.

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