DEEC TALK: uma visão sobre a investigação de docentes do Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores

No dia 7 de maio, decorreu a 3.ª DEEC TALK, na qual João Felício, Emmanuel Cruzeiro e Guilherme Paim deram a conhecer um pouco da sua investigação. A sessão foi dividida em 3 partes, abordando 3 temas distintos.
O evento iniciou-se com a apresentação da sessão, por parte de Sérgio Pequito, Vice Presidente da Investigação, Desenvolvimento e Relações Externas.

A primeira parte foi conduzida por João Felício, professor auxiliar do departamento e da Escola Naval e investigador do Instituto de Telecomunicações. O seu trabalho inclui a investigação de antenas para aplicações biomédicas, o recurso a radiação micro-ondas para a obtenção de imagens médicas e a utilização de radiação para a deteção de macroplásticos no oceano. Começando pela área da saúde, tendo em conta que o cancro da mama é o cancro mais comum e letal em Portugal, a investigação tem como objetivo contribuir o diagnóstico da doença. Desta forma, existe uma antena emite radiação para os tecidos e é efetuada a deteção do tumor. Atualmente os investigadores estão a estudar a polarização das antenas para a obtenção de melhores resultados.
Por outro lado, uma vez que a radiação micro-ondas pode ter impacto em diversas áreas, após a conclusão do tema ligado à saúde, João Felício explicou que a mesma pode também ser utilizada para a deteção de macroplásticos nos oceanos, que se acumulam principalmente no norte do pacífico e no norte do atlântico, tendo estado envolvido num projeto apoiado pela Agência Espacial Europeia com este objetivo.

A segunda parte, teve como orador Emmanuel Cruzeiro, professor auxiliar do DEEC e investigador do Instituto de Telecomunicações. A sua investigação centra-se no estudo de fundamentações e tecnologias quânticas, tendo como objetivo melhorar as comunicações realizadas entre computadores quânticos, através de correlações quânticas. O objetivo é processar a informação com a menor quantidade de recursos possíveis utilizando a física quântica, onde uma partícula, como um qubit, não precisa de ter um estado definido: enquanto que na comunicação atual são utilizados bits, com valor ou de 0 ou de 1, na física quântica pode existir uma sobreposição de estados.

Por último, Guilherme Paim abordou a aceleração de inteligência artificial com chiplets baseados em RISC-V, capacitando a computação com flexibilidade e supercomputadores de baixo custo. Os chiplets são pequenos chips eletrónicos, que podem ser montados como peças de LEGO, contribuindo para um sistema eletrónico, algo que diminui os custos de utilização, uma vez que podem ser substituídos e reutilizados, sem que haja a necessidade de obter um sistema novo, na sua totalidade. Estes materiais podem ser utilizados para diversas aplicações, incluindo para a otimização de tarefas relacionadas com inteligência artificial.

Ao longo da sessão, os participantes tiveram a oportunidade de colocar as suas questões aos investigadores, em relação aos temas abordados.