A 2.ª edição do ElectroDay, que decorreu no passado sábado no Técnico Innovation Centre atraiu centenas de visitantes, desde familiares e amigos dos participantes, a alunos e professores do ensino secundário. Este evento, promovido pelo Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (DEEC), e cujo tema central é o ElectroCap Demo Day, a atividade final do programa ElectroCap, junta anualmente a comunidade académica ao público em geral, num ambiente rodeado de tecnologia e inovação.

Durante a manhã, mais de 150 alunos, que integraram as 29 equipas participantes, organizaram as suas bancas com os respetivos protótipos e posters dos projetos integradores de curso.

Finalizados os últimos preparativos, o evento abriu as suas portas ao público, às 14 horas. Na sessão de abertura, o professor Nuno Horta, Presidente do Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, destacou o evento como a tradução dos resultados práticos dos conhecimentos adquiridos pelos estudantes ao longo do curso. A sessão de abertura contou ainda com a intervenção do professor Miguel Teixeira, Presidente do Conselho Pedagógico do Instituto Superior Técnico, que descreveu o ElectroDay como uma celebração "do que é ser engenheiro".

Ao longo da tarde, os participantes visitaram a exposição interativa dos projetos desenvolvidos pelos finalistas de licenciatura, tendo a oportunidade de investir "electrocoins" nos mesmos, através do registo gratuito online. Entre os 29 projetos, em que cada equipa enfrentou o desafio de aplicar a engenharia a problemas reais, foram desenvolvidas soluções inovadoras para diversas áreas, incluindo temas como a monitorização da rede elétrica, a criação de dispositivos que contribuam para a proteção aditiva dos trabalhadores da construção civil, o desenvolvimento de sistemas de apoio para pessoas cegas ou de baixa visão, a aposta em experiências imersivas para museus, a concretização de sistemas para apoio a veículos de emergência... entre muitos outros.

O ElectroDay contou ainda com a participação do Núcleo de Estudantes de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (NEEC), do Núcleo de Estudantes de Engenharia Eletrónica (N3E), do Projecto de Sustentabilidade Energética Móvel (PSEM) e do Espaço³, especializado no desenvolvimento de projetos para o espaço. Desta forma, os participantes conheceram o trabalho desenvolvido por alguns dos núcleos de estudantes do Técnico que integram áreas da engenharia eletrotécnica e de computadores.

Os participantes puderam também assistir a diferentes conversas, nomeadamente sobre a integração dos alunos nos núcleos de estudantes e a vida académica e também sobre as saídas profissionais dos cursos de engenharia eletrotécnica e de computadores, eletrónica, de telecomunicações e informática e aeroespacial. Na primeira sessão, moderada pelo professor José Santos-Victor, os estudantes Miguel Oliveira, membro do NEEC, Manuel Vaz, do N3E, e Gonçalo Barreto, do PSEM, falaram sobre a importância da participação nos diferentes núcleos de estudantes, destacando o desenvolvimento de projetos reais e a vontade inerente de aprender mais, complementando o conhecimento adquirido ao longo das aulas.

De seguida, o palco recebeu o painel sobre Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, onde o professor Paulo Correia moderou o debate com Frederico Castro, Inês Costa e Miguel Velo, estudantes do curso. Ao longo da sessão foi destacado o papel nos diversos setores, incluindo áreas como a energia e a eletrónica. Paulo Correia, coordenador da licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, realçou a transversalidade do papel do engenheiro eletrotécnico na resolução de problemas da sociedade atual.

O painel seguinte foi sobre Engenharia Eletrónica e contou com a moderação de Gonçalo Tavares, coordenador da licenciatura, e de Rodrigo Caldeira, Fancisco Jesus e Ludmylla Wonsosky, estudantes de Engenharia Eletrónica.

A 4.ª sessão, sobre Engenharia de Telecomunicações e Informática, foi moderada pelo professor Rui Valadas, coordenador da licenciatura, e teve a participação de Marcelo Ribeiro e Sofia Nunes.

O último painel, sobre Engenharia Aeroespacial, foi moderado pelo professor Paulo André e contou com os estudantes Paulo Campos, Maria Fernandes e Gonçalo Machado.

Terminadas as sessões sobre os cursos, Teresa Vazão, Coordenadora Adjunta da Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, deu início aos workshops ElectroCap, em conjunto com elementos do NEEC, da HackerSchool, do IStartLab e do IEEE Student Branch/ CAS.

No final da tarde, após a ponderação do júri, decorreu a entrega de prémios ElectroCap, que distinguiram os projetos com o melhor protótipo, atribuído pela NOS, pela melhor comunicação, atribuído pela Jerónimo Martins, e pelo maior investimento, atribuído pelo público.

Para melhor comunicação e impacto, a Jerónimo Martins premiou o projeto Powerline Drone, elaborado por Ricardo Nobre, João Henriques, Miguel Baia, Henrique Martins, Luís Almeida e António Alves - um projeto que consiste na monitorização autónoma de redes de alta tensão através de drones. Em termos de comunicação, a empresa distinguiu também com uma menção honrosa os projetos Sustainable Base Station Monotoring, realizado pelos estudantes Maria do Mar Vieira, Luna Ferreira, Maria Guilherme, Pedro Silva, Tomás Cláudio e Gonçalo Mendonça - que tem como objetivo desenvolver soluções mais económicas e sustentáveis para o setor das comunicações móveis, recorrendo a energias renováveis, - e Rescue Tracker, dos estudantes Francisco Bernardino, Pedro Alves, Miguel André, Pedro Lopes e Rafael Fernandes - que consiste na monitorização biométrica em tempo real de profissionais que atuam em cenários de alto risco.

A NOS atribuiu o prémio de melhor demonstrador e inovação ao projeto Vita, dos alunos Alexandre Escudeiro, Diogo Martins, Gonçalo Alexandre, Miguel Silva, Ricardo Gaspar e Rodrigo Branco, que propõe a criação de dispositivo nas paragens de autocarro que anunciem a chegada e passagem de autocarros. A NOS reconheceu ainda, com uma menção honrosa, os projetos Naveguide, feito pelos estudantes Ana Vilela, Sofia Vicente, Afonso Ribeiro, João Simões, Tomás Almeida e Filipa Cunha - um sistema inteligente de navegação em interiores, concebido para orientar utilizadores cegos e com deficiência visual no interior de um supermercado, utilizando posicionamento em tempo real e de alta precisão, - e Tactnical Canine, de Francisco Pina, Hugo Varandas, Lucas Ribeiro, Nuno Lourenço, Tomás Catalão e Tomás Teixeira - um colete não balístico equipado com sensores, GPS e uma câmara, capaz de transmitir dados em tempo real para uma plataforma web remota, permitindo a monitorização do estado e do ambiente de cães em operações de alto risco.

O prémio de maior investimento foi atribuído ao projeto Soilsense, desenvolvido pelos estudantes David Pombo, Elisa Pedro, Margarida Canas, Miguel Vidal, Pedro Pereira e Tânia Ranchordas, que consiste num sistema automatizado para monitorização do solo em tempo real e irrigação inteligente. O DEMS ocupou o 2.º lugar, tendo sido elaborado por Tomás Modesto, João Veríssimo, João Ferreira, Marco Matos, Gustavo Zacarias e Felipe Esteves - o seu objetivo foi a criação de um uma solução avançada de monitorização em tempo real que melhora a resposta a emergências e a gestão dos cuidados de saúde. O último lugar do pódio foi ocupado pelo projeto SmartRack, de Diogo Monge, Diogo Palma, José Fonseca, Miguel Martins, Leonardo Laia, e consistiu num estendal inteligente concebido para maximizar a eficiência ao pendurar a roupa no exterior, de forma a minimizar o consumo de energia.

A cerimónia de encerramento, contou com a intervenção do professor Rogério Colaço, Presidente do Instituto Superior Técnico

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