Startup fundada por alunos do Técnico recebe financiamento de fundo de investimento em capitais de risco

startup portuguesa Cryptologic, fundada por alunos do Técnico, recebeu financiamento no valor de 50 mil dólares da Outlier Ventures, um dos maiores fundos de capital de risco especializado em Web3 e blockchain. O projeto consiste numa plataforma com o potencial de ajudar empresas na área dos criptoativos digitais a combater fraude e lavagem de dinheiro.

A empresa foi fundada em 2022 por Luís Parra, aluno do 3.º ano de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, e Pedro Ribeiro, a frequentar o 3.º ano de Engenharia Informática e de Computadores. Dado o anonimato proporcionado pelos criptoativos digitais, estes são frequentemente utilizados para cometer crimes financeiros como lavagem de dinheiro e financiamento a terrorismo, inclusive através de plataformas mainstream. Surgiu por isso a necessidade de criar uma entidade que lide com este tipo de ativos, de utilizar ferramentas que permitam analisar e prever o risco.

A Cryptologic apresenta uma solução plug and play, ou seja, de rápida e simples implementação, que usa inteligência artificial para detetar comportamentos de risco e potencialmente ilegais, contribuindo para manter as plataformas que a utilizam mais seguras.

Luís e Pedro conheceram-se na JUNITEC, a Júnior Empresa do Instituto Superior Técnico,  partilhando uma paixão pela tecnologia blockchain e pelo empreendedorismo, “a ligação foi natural e o entusiasmo mútuo”. “A figura do empreendedor é extremamente inspiradora para nós. Quanto a fazê-lo durante a licenciatura e não esperar para acabar, ou ganhar experiência primeiro, acho que simplesmente ambos pensámos ‘porque não?’ e pronto aconteceu.” explica Luís Parra, Chief Operating Officer da startup. “Os fundos vão permitir expandir a equipa, desenvolver um algoritmo de deteção de risco mais preciso e facilitar a abordagem comercial”, acrescenta.

Neste momento, a Cryptologic já realizou vários pilotos, em três continentes diferentes, com exchanges internacionais de criptoativos digitais e protocolos descentralizados com “resultados extremamente positivos”.

Tópicos: