O projeto QuantSecure conquistou o 3.º lugar, na 4.ª edição do Prémio IN3+, uma iniciativa de apoio à inovação e investigação nacional estabelecida pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, com o Alto-Patrocínio do Presidente da República Portuguesa. O prémio foi entregue numa cerimónia realizada na Casa da Moeda a 22 de fevereiro, com a presença de Elvira Fortunato, Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

O QuantSecure – autenticação com identificadores fotónicos quânticos não clonáveis – foi desenvolvido por Paulo André, professor catedrático do Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (DEEC), Paulo Mateus, professor catedrático do Departamento de Matemática, Emmanuel Zambrini, investigador do Instituto de Telecomunicações (IT), e Rute Ferreira, professora da Universidade de Aveiro.

O conceito pretende resolver o problema da limitada segurança existente nos procedimentos de autenticação de dispositivos, bens ou pessoas. Para isso, combina elementos de segurança de elevado desempenho, como as funções físicas não clonáveis (PUFs, na sigla inglesa), com soluções baseadas em propriedades quânticas da luz. Como resultado, pretende-se desenvolver mecanismos ainda mais seguros de autenticação, por exemplo para aceder a dispositivos e objetos ou login de utilizadores. Os identificadores não clonáveis poderão ser impressos em qualquer superfície e validados com um smartphone através da sua câmara.

Paulo André, membro desta equipa de investigação, partilha a satisfação de ver o QuantSecure premiado. “A conceção do QuantSecure está em sintonia com as áreas de atuação da INCM que abordam os desafios contemporâneos associados à identificação e autenticação”, explica. Para o professor do DEEC, o projeto oferece “uma abordagem inovadora, disruptiva e eficaz para um problema real da sociedade”, com destaque para o facto de o produto envolver tecnologias quânticas, áreas “que estão no limite do estado do conhecimento”.